Victor Teixeira

Na semana passada, coveiros do cemitério do Caju, no Rio de Janeiro, fizeram greve devido ao atraso de seus salários. Muitas pessoas tiveram dificuldade na hora de enterrar seus parentes. Essa mobilização foi justa, mas causou transtornos à população. Para evitar essas greves, os responsáveis por cemitérios deveriam valorizar os coveiros. O que seria da gente sem eles?

Ontem uma reportagem do Fantástico denunciou a venda de túmulos ilegais em cemitérios administrados pela Santa Casa do Rio de Janeiro. Essas sepulturas são construídas em locais proibidos (por exemplo, em corredores destinados à circulação das pessoas que visitam os cemitérios). Hoje a polícia está apurando essas denúncia. O engraçado é que, na hora que os policiais chegaram a um dos cemitérios, um túmulo clandestino estava coberto com cimento fresco. Só que não adianta maquear a cena do crime; a reportagem do Fantástico já foi ao ar ontem e o Brasil inteiro assistiu (inclusive eu). Outro detalhe importante: o contrato da Prefeitura com a Santa Casa foi extinto em 2009. Então, por que a Santa Casa continua administrando os cemitérios? As autoridades precisam por os pingos nos is.