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Entre o caminho para o regresso e uma duvidosa via para a mudança

Jair Bolsonaro e Fernando Haddad disputaram a maior parte dos votos, sem ter nenhum alcançado uma plena maioria frente ao outro e os candidatos minoritários. Votos para impedir a volta do PT e corrigir com uma precaução que angarie suporte popular as nódoas deixadas pelo longo domínio do movimento na sociedade e nas instituições universalmente indispensáveis a ela não disponibilizaram-se em nível suficiente para nos guiar adiante de modo que suplantemos esse cenário de enganação e contenda. Graças a um esperto uso de sua obrigatoriedade para quem não atende aos requisitos físicos e psíquicos para uma dispensa oficialmente consentida, a mobilização popular fora dos padrões costumeiros para o dia da semana em que ocorreu abre caminho para uma incrivelmente nova feição da identidade de ocupantes de cadeiras na Câmara e sobretudo no Senado e da representatividade dos partidos a que os congressistas estão filiados. Manejadas por todo o povo, as urnas estipularam mesmo para caciques o reto

Novo Brasil: hora de mostrar em atos para onde vai

Um pouco além de dois dias seguiram-se marcando frenética corrida do Senado alegadamente contra os danos que a corrupção infunde a nossa estrutura socioeconômica. O embate inicial na instituição direcionou-se primeiro a um membro seu, "representante" de nosso estado, Delcídio do Amaral, para ratificar em sequência o "Tchau, querida!" com que a avaliação ininterrupta da governabilidade da presidenta Dilma Rousseff terminara em abril na Câmara dos Deputados após um tempo um pouco maior. A chefia desta Casa tivera seu dia de faxina, seletiva, e o processo do por enquanto afastado líder Eduardo Cunha responsável pela sentença igualmente transitória do Senado teve efêmera nulidade nas mãos do próprio autor, o substituto Waldir Maranhão. Começam a correr os 180 dias oportunos para a regeneração da dinâmica financeira e da virtude política nacionais, nos cabendo a mesma luta contra injustiças previstas para o governo Michel Temer que as mobilizações por muitos de nós em re

Teve golpe bilateral

A rotina dos deputados em Brasília e da sociedade toda, nenhum povoado, distrito, cidade ou estado de fora, foi uma sessão extraordinária que, começada na sexta-feira, tomou inteiro o fim de semana num voltar de olhos generalizado para momento imprescindível ao futuro do Brasil que largamente afastou-se do plano geral em que boa soma dos cidadãos e da mídia estão habituados a colocar a política. As discussões e votações correram e o placar final, aprovando o seguimento do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff para o Senado { 1 }{ 2 }, repetiram cristalizada certeza, a extensão dos obstáculos a mudanças que drenem o chorume deste governo para além do que se almeja derrubar. A palavra "golpe" bate recorde de uso na linguagem social, política e midiática ao lado de "impeachment" no desenvolver do referido processo. Não há como recusar destaque à inteligente associação entre o procedimento constitucionalmente autorizado e táticas ilegítimas para tomar ou