Cuidado com as fake news e com algumas ideias para sua contenção!

Reagindo ao mundial realçamento das preocupações quando a um fenômeno que sempre existiu, governos asiáticos anunciaram providências com potencial alcance maior que o necessário para surtir efeito sobre seus alvos. Em um dos casos a mobilização de opositores e da mídia permitiu o recuo da ameaça às condições para um servível trabalho vigilante e admoestador da comunicação jornalística sobre as atividades governamentais e mercantis com objetivo de defender o equilíbrio entre os fatores de ordenamento no convívio entre os indivíduos agrupados pela força de questões econômicas e/ou culturais em comum. Por aqui a aproximação de mais uma maratona de campanhas eleitorais é marcada por situações indicadoras dos vazios que continuam por preencher na repreensão do sem dúvida traiçoeiro repasse ingênyo ou deliberado de informações fabricadas ou distorcidas no mundo virtual por profissionais da comunicação ou quem lhes confere audiência. Similarmente aos países orientais cujos governos deram passos ousados alarmantes para quem advoga a liberdade de expressão, temos, porém, social, jurídica e politicamente lacunas precisando ser superadas na preparação para eventuais medidas contra a informaçáo enganosa visando garantir que enquadrem o máximo possível de alvos e limitem-se ao que comprovadamente merece dita intervenção.

Pelas intenções ou o nível de disciplina dos autores da obtenção e ordenamento textual dos pormenores de um fato se conhece o fundamento das reações do público ao qual os conteúdos chegam face o aumento no número de internautas perante os indivíduos e instituições elencados no relato. Recentemente indivíduos, empresas e órgãos públicos da Malásia receberam o peso de hostis ou precipitadas respostas populares a estímulos informativos pouco alinhados ou alheios à realidade.

São bois a que se cabe dar o nome ante o anseio por uma evoluída consciência uma empresa calçadista sobre cujos produtos havia relatos da existência de minúcias ultrajantes para com o islã (religião majoritária daquela monarquia constitucional); o estado de alerta provindo de uma descoberta de chumbo em produtos da Nestlê, na verdade não relacionada aos produzidos lá, e sem na Índia; nformações inventadas de autoria da oposição que levaram muita gente a retirar seu dinheiro depositado num fundo sob controle governamental para o financiamento do Haj (peregrinação a Meca, na Arábia Saudita); e imprudentes relatos de um incêndio nas instalações de um fundo prevoidenciário que levaram trabalhadores ao desespero quanto à integridade de suas contribuições.

Mas o governo mostra ter preparado o marco zero para o começo do fim da epidemia. A lei que estabelece multa ou prisão por seis anos para os geradores de fake news foi aprovada no parlamento, testemunhando contendas verbais entre seus apoiantes e oponentes que dão uma mostra da temperança previsível para a diretriz após esse sinal verde. Monitorar e informar ao povo as variações no comprometimento de aliados e adversários do primeiro-ministro Najib Razak com a viabilidade da busca por cada malaio da satisfação de necessidades suficientemente saciáveis através dos ganhos inerentes suas específicas habilidades e com o acesso dos sujeitos a serviços necessários independentemente do status financeiro torna-se uma missão ainda mais arriscada e valiosa segundo os lados pelos quais optarem os políticos, a justiça e, sob a influência de ambos, a sociedade, ante relatos de atos desviantes com concretos maus efeitos.

Na Índia, a mídia e representantes públicos eletivos oposicionistas puderam através de seu alarido impedir que no mesmo instante aquela nação ingressasse em idêntico panorama nocivo ao direito de informar e ser informado através das novas tecnologias de comunicação. Um corpo gestor nacional que acaba de se lançar em um reforço na caçada a praticantes de crimes financeiros que no exterior se escondem e/ou dissimulam provas de seus feitos fecharia portas à comprovação da credibilidade da tarefa para os bons investidores nativos e estrangeiros se fosse permitida a entrada em vigor de uma regra do Ministério da Informação e Radiodifusão que dispunha o risco de descredenciamento aos jornalistas expositores de verdades a serem contestadas pelos poderosos sobre a agilidade e a objetividade de seu trabalho. Por efeito da determinação pelo primeiro-ministro Narendra Modi da anulação da norma punitiva, se manterá disponível para averiguações jornalísticas e consequente análise cidadã dos conteúdos resultantes até a indiferença do governante para com a opressão a dalits (pessoas do mais baixo prestígio no sistema de castas hindu, a ponto de literalmente nem ser permitido tocá-las) alegada naquela ocasião por Rahul Gandhi, presidente do congresso nacional, durante sua visita ao estado de Karnataka.

Não estamos imunes ao proveito da relevância do debate sobre a credibilidade do que é mostrado pela mídia para o cometimento de excessos na avaliação da utilidade das notícias e comentários no entendimento pelo povo do que é necessário para superarmos as mazelas do país. Aliás, este é um ano em que nos será dada a prerrogativa de elegermos quem deverá assumir os desafios nos estados e em toda a nação! Já que se alistou no combate às notícias inverídicas criando um grupo de trabalho junto a representantes do governo e da sociedade civil, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) colocará a prova seu potencial para intervir em quaisquer mobilizações políticas regionais e nacionais de acordo com a autenticidade prática de seu modo de induzir as massas a pensar as causas de seus insucessos gerais e soluções para eles!

Hoje sendo maior a cifra de prováveis espectadores, a circulação de relatos fictícios ou deturpados do que pode afetar a rotina de quem os consulta tem que parar mesmo! Desejar só do Estado manobras de cerco à praga, enquanto temos a nosso dispor os conteúdos diversificados da internet e nossas vivências reais, pode, contudo, atrair para nós reflexos nefastos de pressões de maus elementos no setor público buscando impedir registros fiéis do significado de seus métodos administrativos!

(Republicação:
http://www.folhadedourados.com.br/colunistas/victor-teixeira/cuidado-com-as-fake-news-e-com-algumas-ideias-para-sua-contencao-

Referêncis:
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