Jornalista: ao mesmo tempo, relator e influenciador dos fatos

O Ministério da Saúde do Marrocos, no último dia 21, pronunciou-se a respeito da facilitação do acesso dos profissionais da área e dos pacientes de lá a um moderno medicamento estrangeiro contra o câncer. Daquele instante a imprensa nacional e os profissionais da comunicação do exterior que tenham tido contato com ela receberam um indicativo da responsabilidade, em conjunto com a das fontes oficiais de dados, contida na abordagem de temas assim face aos naturais componentes de sua complexidade.

Após os Estados Unidos e países europeus, o Marrocos deu um virtuoso passo autorizando uma empresa farmacêutica nacional a comercializar o medicamento Hertraz Trastuzumab, cujo "sobrenome" corresponde à identidade do princípio ativo. O mesmo alto grau de eficiência do fármaco atestado no primeiro mundo se repetiu quando de sua análise por órgãos fiscalizadores daquela parte do norte africano, dos quais um coincidentemente tem a excelência reconhecida por uma parte dos responsáveis pela descoberta das virtudes da droga no velho continente.

Assim dizia em já citada ocasião o Ministério da Saúde marroquino reagindo a um relato dos procedimentos em um artigo veiculado na imprensa. O detalhamento de como a jornada vem se processando foi para compensar erros e imprecisões neste trabalho jornalístico.

Dependendo dos pormenores mal descritos na matéria, as declarações oficiais terão representado um freio ou força profilática sobre perturbações às quais propensas tornaram-se os fornecedores tanto estatais quanto privados de serviços médicos e o restante do povo que depende ou pode necessitar das assistências. Seja quais forem as não especificadas minúcias alvo da desleixada apuração, as penúrias relativas à luta pela vida dos pacientes oncológicos e ao necessário apoio a ela pelos que convivem com os enfermos dispensam por coadjuvante mal sucedidas tentativas de atendimento a expectativas de um futuro melhor, sob a forma de recursos menos dispendiosos e mais eficazes, na lida com o problema. No particular exemplo do trastuzumabe, o pensável impacto, no acesso dos marroquinos ao produto, da possibilidade de ser vendido na Europa e EUA só a partir de 2019 por questões de patente, inserindo na corda bamba a satisfação das esperanças, já teria fornecido peso extra às provações.

Na sequência da remediação do mal entendido vem aos profissionais do jornalismo o dever de buscarem a compreensão do lugar que ocupa nos objetivos de dito labor o esforço na pesquisa em toda fonte possível sobre dados inerentes a temas socialmente relevantes e em sua exposição de modo a tornar o conteúdo ao máximo acessível e compreensível entre o povo, em proveito aos avanços nas tecnologias de comunicação benéficos a ambos os lados. Caso do enredo marroquino tenha participado a forma de os governantes atenderem aos pedidos da imprensa por informações, não deixará de ter espaço, conforme o esforço da mídia e do povo em mostrar evidências, nos afazeres estatais a necessidade de ajustar a seus compromissos oficiais e à presente realidade os critérios determinantes para a disponibilização de cada tipo de fato ao conhecimento cidadão e midiático.

Aqueles que têm como ofício averiguar e transmitir ao povo informações relativas a fenômenos influentes no cotidiano coletivo também possuem seu papel no desfecho dos fatos e sua caracterização histórica. Tem raízes nesta automática tendência o compromisso cabível aos jornalistas de mergulhar fundo atrás dos detalhes dos temas abordados e cobrar dos responsáveis pelas máximas profundidades alcançáveis uma autêntica calibragem das mesmas.

(Referências:
http://www.menara.ma/fr/actualit%C3%A9s/maroc/2017/09/21/2260219-la-commercialisation-dun-m%C3%A9dicament-de-cancer-autoris%C3%A9e.html

https://www.infomediaire.net/medicaments-le-ministere-de-la-sante-marocain-rassure-pour-le-trastuzumab/

https://lematin.ma/journal/2017/la-commercialisation-dun-medicament-contre-le-cancer-a-ete-autorisee/278473.html

https://pt.wikipedia.org/wiki/Trastuzumabe)

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