Mal tão comum que até (não só nós) o estaríamos comendo

Quando aqui no Brasil e em importante soma do exterior já existia um vasto conhecimento do perfil moral do conluio entre algumas repartições públicos e conglomerados empresariais de nosso país, dá-lhe mais escândalo! Este é que vem mexer com a confiabilidade de negócios com a nação em virtude de se estender para sociedades estrangeiras participantes deles o destino de carnes, produtos de consumo socialmente direto e generalizado, nos bastidores de cuja feitura e verificação sanitária a corrupção, na forma de desvios dos vigores legais para a venda de mercadorias inadequadas quanto a eles, tomava partido. Certeza que de ditas pedaladas éticas hão de emanar consequências para nossa pátria (do que nem o exterior se vê livre) envolvendo as mesmas e a forma como tiveram publicidade inicialmente, cuja incompleta veracidade as torna menos adequada base para as reações internacionais do que aspectos autênticos dos quais os líderes políticos e econômicos forasteiros poderiam se inteirar pelas mídias virtuais de foco nacional e local desta gleba cabralina.

Há várias semanas o Brasil ingressou no trecho contemporaneamente mais sinuoso do trajeto de suas interações monetárias internacionais abrangendo a pecuária. Diversas nações e um conjunto de outras reunidas num dos mais influentes acordos econômicos perenes do mundo, a União Europeia, partilharam com nossa população o estado de revolta e alerta por causa do que foi permitido sair na imprensa sobre a Operação Carne Fraca no dia em que foi deflagrada, 17 do antecedente mês. Este teve enorme chance de se tornar um Dia Mundial do Vegetarianismo devido à imaginável percepção pelos tietes desse modo de vida de sua presumida blindagem oncológica e contra intoxicações alimentares frente a relatos de que as 21 empresas frigoríficas sob investigação abasteciam os mercados pátrio e externo com carne misturada a papelão ou com impropriedade para consumo mascarada mediante aditivos cancerígenos.

O correr do tempo mostra que por um não tão assim fundamentado temor estoques de produtos cárneos das marcas sob gerência das agroindústrias foram retirados das prateleiras de supermercados do Paraná e tiveram a aquisição suspensa pelos inúmeros países até que nossos governantes lhes dessem a real dimensão do escândalo. Mencionados abatedouros e processadores de carcaças de animais formam uma pequena fatia do conjunto empresarial do ramo no Brasil, assim como uma amostra minoritária desse grupo de plantas industriais tidas como foras-da-lei está impedida de operar por causa de desleixos na qualidade e segurança de seus produtos. A beneficência dos alimentos entrou indesejavelmente no interesse popular a despeito de, segundo o juiz Marcos Josegrei, que apura o caso em Curitiba (também núcleo da Lava Jato), não ser a pauta de desejável apuração, valendo complementar seu pronunciamento em matéria do Paraná Portal ressaltando que nem habilidade para lidar diretamente com o assunto têm o Judiciário e a Polícia Federal, sendo função dos ministérios da Saúde e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, bem como da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e de órgãos equivalentes estaduais e municipais. Inclusive deputados estaduais de Alagoas, sem corporação alguma interessando ao inquérito, levantaram a voz contra possíveis falhas na averiguação e exposição pública dessas informações preliminares que a Justiça e a PF devem corrigir para que talvez sejam unanimidade as vantagens em futuros trabalhos semelhantes.

O equívoco no tema levado a público iniciou sua contribuição nos incertos arranjos vindouros do mercado da carne no Brasil e fora. Em Mato Grosso do Sul os preços de carnes embaladas e in natura tomaram rumos opostos como provável efeito desse aspecto da Operação Carne Fraca, reduzindo-se os das primeiras e subindo os das últimas em Campo Grande. No segundo status já se enquadra há tempos a acessibilidade financeira de tal gênero agropecuário aos consumidores do Egito, terceiro maior comprador das mercadorias brasileiras, que, mesmo sempre inspecionando tudo que chega a seu território antes de ficar disponível à clientela do comércio, teve de vulnerabilizar o conjuntura do abastecimento a uma piora. Retornando à realidade brasileira, a previsão do Governo Federal de impactos no PIB manterá seu potencial de materializar-se enquanto perdurarem as mudanças no interesse de nossos consumidores, as restrições internacionais (entre elas uma alta na taxa de inspeção cobrada pela Coreia do Sul) e os reflexos de ambas no custo-benefício para os pecuaristas e industriais de seus negócios.

Não acaba, porém, como efeito da percepção de que a confiança merecida por nossa carne não está prejudicada tanto assim na prática o dever de os importadores com preocupação irrestrita aos benefícios para suas vontades exigirem às autoridades deste país medidas aprimoradas contra as más atitudes de empresários e representantes locais do Ministério da Agricultura (das quais 33 atuantes em Goiás, Paraná e Minas Gerais acabaram afastados) de fato constituintes do foco da operação. Tratam-se esses vícios de mais uma face do crônico problema da corrupção, o pior dos caminhos escolhidos por líderes públicos e cidadãos desejantes de especiais vantagens, visto que requer um sacrifício dos direitos elementares da maioria restante a meios de sustento próprio e de trabalho em prol do bem do próximo. No caso do ramo econômico alimentar, esse mal agrega diretos riscos para a saúde dos fregueses às privações de acesso da sociedade a eficazes regimes (controlados ou não diretamente pelo Estado) de saúde, instrução, infraestrutura urbana ou rural e emprego (quesito em que os prejuízos rivalizam com os ganhos advindos de penalidades contra as pessoas jurídicas alvo de operações do tipo nas regiões em que elas muito respondem pelo usufruto da mão de obra).

Alguns detalhes em poder da Justiça e da Polícia Federal das interações entre autoridades locais de inspeção agropecuária e responsáveis pelas fábricas demonstram a solidez do prolongamento para os bastidores do preparo do que nos vem à mesa de atos mal politizados. Dois assessores de deputados estaduais do Paraná expunham em conversas telefônicas interceptadas a posse de cotas na participação no funcionamento do serviço regional de inspeção e do próprio Ministério da Agricultura, envolvendo-se um dos sujeitos na demissão de fiscais inimigos do sujo esquema e nas mãos do segundo tendo ficado vulneráveis a manipulações dados do MAPA. Era uma busca pelo resguardo ao direito de exigir aos industriais, durante as fiscalizações sanitárias, para continuar funcionando apenas pagamentos em espécie indevidos a certos averiguadores. Em Goiás parte do dinheiro assim obtido tinha por destino financiar mais falcatruas políticas. Uma chance que a unidade da BRF em Mineiros, de reputação perante o mercado italiano manchada pela venda de produtos contendo bactérias do gênero Salmonella, teve para seguir operando foi o repasse de dinheiro pedido por alguns supervisores a fim de suprirem candidatos de Goiânia no último período de campanhas eleitorai

As reações internacionais imediatas às "descobertas" da Carne Fraca apontam esta dimensão espacial como última fonte de esperanças para o esforço a fim de melhorar a consciência importante à esfera pública e a sociedade brasileiras na luta contra a desenfreada corrupção. Mais hão de evoluir as táticas preventivas, repressivas e expositoras a público da consolidada moléstia se instituições econômicas, políticas e filantrópicas externas com bileteralmente belévolos (a si próprias e a nós) interesses no Brasil aprofundarem seu contato com nossa realidade no sentido de manterem-se inteiradas nela e à mesma exigir mudanças construtivas.

(Reprodução:
http://www.douradosnews.com.br/m/noticias/cidades/mal-tao-comum-que-ate-nao-so-nos-o-estariamos-comendo

Referências:
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http://anoticia.clicrbs.com.br/sc/geral/an-jaragua/noticia/2017/03/empresa-de-jaragua-do-sul-envolvida-na-operacao-carne-fraca-passara-por-auditoria-9751700.html

http://mineiros.com/policia-federal-suspensao-brf-mineiros/

http://paranaportal.uol.com.br/politica/assessores-de-deputados-paranaenses-sao-citados-na-operacao-carne-fraca/)

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