Rumores do Carnaval que ecoarão pelo ano todo

Não se deixando de considerar as variantes dos acontecimentos a cujo peso necessitam se condicionar as análises construtivas do tema, mais gente recebeu em suas vidas em certos casos perenes marcas de sua relação com as normas institucionalizadas e naturais de convívio social durante esta temporada carnavalesca que a cada repeteco desta época reforçarão más lembranças da festa entre ditas pessoas e/ou familiares e amigos. Configura-se o cenário, nesta edição da folia generalizada, sobre as especificidades de como interatuam as instituições voltadas ao bem comum e os indivíduos nos momentos anteriores, simultâneos e posteriores à festa, do jeito que foi nas ocasiões anuais precedentes e será nas próximas.

Não importa a escolha de cada brasileiro, se vai se integrat às massas humanas ocupantes de ruas e avenidas junto a blocos, trios elétricos, escolas de samba e afins, refugiar-se em casa ou viajar, respondendo com uma destas duas últimas estratégias "Não, obrigado!" a convites de pessoas próximas ou, potencializados, da indústria cultural para se lançar em excessos hedonistas libertinos relacionados tanto a sexo quanto a bebida e mesmo estupefacentes ilegais, passíveis de impor sérias consequências aos foliões e a inocentes. Ambos os grupos têm membros influindo nas percepções acerca do bem-estar e da segurança gerais, quer como alvos, quer como indutores de avanços, estagnações e retrocessos.

No trânsito brasileiro a Polícia Rodoviária Federal atesta nos 1.696 acidentes um declínio de 5,3% sobre os registros do Carnaval de 2016 nas estradas geridas pela União, enquanto a quantidade de mortes resultantes ascendeu em 27 unidades para 140. Dentro da contagem nem tudo a nível regional soa como no genérico panorama. Trechos de BRs que cortam Minas onde aconteceram ao todo 334 acidentes, 65% a mais, são áreas alheias à tendência nacional de queda, exceto pontos das vias 146 e 459 perto de Poços de Caldas. Por sua vez a cifra de mortes, apesar da modéstia, inclinou-se a boa parte do resto do Brasil, passando de 21 a 22. O comando central da PRF também afirma ter saltado para além do dobro na nação, de 41,5 mil para 84,8 mil, o número de autuações de condutores por guiar de forma incorreta conscientemente ou sob o escravagismo alcoólico.

Para explicar o crescimento nos flagras a corporação afasta-se da hipótese de uma alta no consumo de álcool, atribuindo-o a um incremento em seu próprio efetivo e recursos materiais. Observações da incidência de bebedeira entre a população nessa fase do ano caracterizam pouco úteis redundâncias defronte a naturalizada maior importância da presença das bebidas etílicas no papel de uma das engrenagens da atualizada versão da festa da carne. Em contrapartida, alargar em número e eficiência o alcance de "arapucas" repressoras (pontos para teste do bafômetro e, se necessário, análise da velocidade e decumentação de veículos e motoristas) sobre os praticantes de tal irresponsabilidade é uma tacada de mestre na impraticável e perigosa tentativa por muitos usuários de veículos automotores de conciliar o gozo dos prazeres trazidos pela bebida com imensas responsabilidades perante vidas a seu redor para cujo domínio o álcool em troca atrofia o potencial.

Saberes e equipamentos bastante aperfeiçoados e carga horária bem arranjada apresentam plena certeza de eficácia a envolver os trabalhos de contenção das improbidades no trânsito se entre as mentes gestoras dos corpos humanos por trás deles estiver garantida a contínua oposição dos operadores aos maus procedimentos, que convém ser expressas em sua vida social particular com o intuito de servir de exemplo às pessoas comuns. Benefícios não trará à seriedade das mobilizações a submissão de policiais e auxiliares a deletérias influências comportamentais de casos ao nível do flagrante pelo BPTran (Batalhão de Polícia Militar de Trânsito) de um detentor de cargo até mais elevado, um major do Exército, guiando ébrio na madrugada de Quarta-Feira de Cinzas em Campo Grande. Perene compostura também é preciso para efetivar os desejáveis impactos dos cercos à direção anárquica, algumas vezes tirando de letra empecilhos particulares a certos municípios ou estados. A meia conquista da PRF – com a queda dos acidentes, o contrário do ocorrido aos óbitos – pode ter ganhado forma através de disparidades inter-regionais na atenção que vêm recebendo as condições das zonas de tráfego (alinhamento entre o tamanho e o estado de conservação das estradas e as demandas às quais submetem-se) e sobre o corriqueiro nível de consciência dos transeuntes.

Em se tratando do enfrentamento a violências intencionalmente cometidas contra a vida e os bens de outrem, de similar forma se distribui com irregularidade pelo país o triunfo das instituições policiais. Em algumas regiões e/ou na lida com determinados agravos a vitória se impôs sobre grande parte das equipes e das comunidades, enquanto em dispares fragmentos do território ante as mesmas e/ou adicionais pendências os garantidores da validade prática da lei se perceberam impotentes como fruto de defeituosas modelagens do caráter de inúmeros cidadãos pelas estruturas públicas e extraoficiais (escola, família, religião etc) encarregadas de gerarem-nos e lhes ajudar a desenvolver o corpo e a psiquê.

A Polícia Militar da Bahia suprimiu a criminalidade no Carnaval de Salvador em um nível maior que em 2016. É estimável a influência de medidas como o recolhimento de 1053 objetos suspeitos no decorrer de revistas ao público nos Portões de Abordagem na percepção de lucros a provir do crime por causa do encolhimento dos homicídios (apenas dois), tentativas (três ou 60% a menos) lesões corporais (de 176 para 99, 44%), e, no Circuito Osmar – dando-lhe destaque –, os roubos (de 34 para 18, 47%) e furtos (de 95 para 33, 65%), que seguiram tendência contrária no Circuito Dodô. Posteriormente à atmosfera de terror com que teve de lidar há dois meses, desencadeada por mortíferas insurreições carcerárias, a Secretaria de Estado de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) detinha fôlego laboral em que coube a luta para levar ao recuo os casos de estupro em 55%, furto em 38%, lesão corporal em 22%, roubo em 8% e homicídio em 7%, além de fazer dessa uma época festiva livre de latrocínios, em contrste com o registro de três em período análogo do ano anterior. Tal energia não abrangeu adequadamente as tentativas de assassinato e a violência doméstica no intuito de impactar assim suas taxas.

No que diz respeito a tal categoria de confronto particular entre indivíduos gerador de demanda por intervenções de entidades do campo da segurança pública, o panorama no Amazonas talvez alinhara-se a suas dimensões manifestas no Rio de Janeiro, a cuja polícia chegaram 2.154 queixas de maus-tratos a mulheres no curso da folia, em média um fato a cada 4 minutos. Nas duas unidades federativas algum elemento ou um conjunto deles, variante segundo o método de cada governo local para despertar o senso de ordem e respeito entre os habitantes, sinaliza falhas, conclamando o povo e as autoridades para uma troca de conhecimentos passíveis de, associados, definir o caminho que as partes precisarão seguir rumo a melhoras na lida com os vícios operacionais. Dentro do contexto fluminense poderá merecer destaque como fenômeno edificante ao processo de superação do impasse a elaboração por conta própria depois de consulta às fontes em aparente igual caráter de matéria apresentando os respectivos dados estatísticos do estado pelo jornal virtual SF Notícias, da cidade interiorana de Sào Fidélis, expressando um comprometimento da repórter que assina o conteúdo e de seus superiores com o proveito de sua influência regional para mostrar-se tão competente para servir ao público quanto ou até mais que a mídia da capital, especialmente o grupo Globo, multiatarefada ao também ter de dar espaço a fatos do resto do país e exteriores.

E houve casos que, envolvendo as forças guardiãs da ordem pública como vítimas de ofensas, retratam a deserção por uma parcela da sociedade do compromisso com o respeito a esses trabalhadores em prol da partinência de suas contribuições ao conjunto todo. Voltemos os olhos analíticos para o derradeiro instante do Carnaval no eixo político sul-matogrossense, onde muitos foliões, dos quais dois acabaram presos por desacato e resistência, opuseram-se ao oficializado término de uma festa na Esplanada Ferroviária atacando policiais e viaturas com gelo, garrafas e latas de bebidas enquanto os agentes buscavam evitar estendidas aglomerações omissas para com a integridade física e psíquica dos participantes e da vizinhança. Embora a imprensa não relate alguma relação entre eventos homólogos ocorridos naquele momento em Araçatuba, no interior de São Paulo, e o trajeto que dois ocupantes de uma motocicleta trilhavam ao ignorar ordem policial de parada, a conduta do garupa, um entregador de 23 anos, acrescenta o enredo no mural da vergonha. Por intuito a abordagem tinha verificar se com os indivíduos ou em relação ao veículo deles constava algo ilícito, não se descobrindo nada. No que orbitava a consciência do passageiro quando nervoso ficou ao ponto de conseguir pôr os braços algemados à frente do corpo e quebrar a murro um dos vidros do camburão? Tendo o piloto da moto se rendido após perseguição, uma fiança bastou para ressarcir-lhe a liberdade logo depois. Para outro lado das grades (atrás e dentro dos compartimentos que isolam) foi o colega, assim devendo ficar segundo versa o Código Penal sobre o delito que de seu ato impulsivo surgiu!

Quando os organismos a serviço da paz social organizarem suas atividades de maneira especial nas datas comemorativas, sobretudo os períodos carnavalescos devido à sua essência, haverá de ser para checar o quão entre o povo se mostram infiltradas com antecedência as consciências referentes ao sadio usufruto destas épocas. A universalmente cronológica importância das mencionadas noções de inclusive vitais limites ao exercício de tarefas cotidianas e o gozo de prazeres serve às instituições (família, escola, religiões, mídia…) incumbidas de inculcá-las nos grupos humanos que podem alcançar como lembrete para sem cessar e de maneira compreensível aos indivíduos garantir dentre eles a fidelidade às disciplinas. Assim construir-se-á uma sociedade onde predominem a aptidão e a racionalidade na prática dos deveres que incutem a cada ser humano seu valor perante o todo e nos momentos livres para atividades lúdicas de modo a satisfazer o máximo de pessoas possível, mesmo havendo diferenças entre eles nos interesses que desejem favorecer em tais horas.

(Referências:
http://m.folhadaregiao.com.br/Noticias.php?codigo=453935

http://www.midiamax.com.br/policia/carnaval-rua-termina-intervencao-policial-bombas-gas-lacrimogeneo-333166

http://www.midiamax.com.br/policia/choque-usou-bombas-gas-fim-cordao-valu-separar-vandalos-folioes-333227

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/carnaval/2017/noticia/violencia-contra-mulher-representa-14-dos-casos-atendidos-pela-pm-no-carnaval.ghtml

http://www.emtempo.com.br/balanco-de-carnaval-mostra-reducao-nos-indices-de-violencia-em-2017/

http://www.sfnoticias.com.br/pm-atendeu-mais-de-2-mil-ocorrencias-de-violencia-contra-a-mulher-neste-carnaval

http://www.ibahia.com/detalhe/noticia/ssp-registra-reducao-dos-casos-de-violencia-durante-carnaval/

http://www.midiamax.com.br/policia/blitz-ultimo-dia-carnaval-prende-major-exercito-dirigia-embriagado-333162

http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-03/carnaval-teve-menos-acidentes-em-rodovias-federais-mas-numero-de-mortes-subiu

http://www.pocosja.com.br/policia/2017/03/02/prf-registra-reducao-nos-numeros-de-acidentes-durante-carnaval/

http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2017/03/02/interna_gerais,851252/carnaval-termina-com-43-mortes-nas-estradas-mineiras.shtml)

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