ImPÓstos que pagamos e também viram lama

É a história de uma rodovia estadual que ficou em estado incompatível com sua incipiente existência. Ainda sem a conclusão de seu asfalto entre Juti e Iguatemi, mas com ele sem muita dúvida em estágio avançado num nível que a permitiu como alternativa a um trecho bloqueado da BR-163, a MS-180 em poucas semanas regrediu em qualidade com o fluxo dos automóveis e caminhões e não escapou das chuvas que arruinaram outras vias terrestres e pontes. Remete esse caos parcialmente (mas em extensão considerável) à anterior gestão estadual de André Puccinelli (PMDB), o que o explica quase por si só, dispensando o foco em tentativas de analisar as causas referentes às forças da natureza para atribuir-lhes culpa injusta frente a inviabilidade de seu controle humano.

O que dá pistas de dominância é o relaxamento na praticável contenção de uma má força humana, a gula material. A ascensão nas plurais formas de liderança socioeconômica dispõe esse vício à frente dos agraciados, o qual se depara com fraca resistência. Uma amostragem dos líderes que caíram na perdição, viraram a cabeça e passaram a liderar seus caminhos na busca por troféus que conosco não repartem é composta por governantes de nosso chão, sujo a nível nacional por eles nas operações Lama Asfáltica, Coffee Break e Lava-Jato.

Os torós arrastaram as máscaras da regularidade em muitas obras da gestão Puccinelli! Às autoridades fiscais e ao povo reservara-se nunca antes tão credível evidência de o visual agradável de certas vias e pontes servir apenas para satisfazer turistas. Para eles, então, o presente momento não é o ideal por conta de estas rotas (entre elas a MS-180 e a ponte que cedeu entre Antônio João e Guia Lopes da Laguna) terem expresso com a prática o talvez predominante lado obscuro de sua implantação, em tom mais sensível que os dados expostos em documentos em que os órgãos encarregados de investigar e punir os lamacentos exibiram os ratos saídos do esgoto após ter a tampa soerguida.

O que teria se ausentado nas obras da MS-180, da passagem fluvial e estruturas congêneres para alcançarem suas atuais condições? O incidente que atravanca os deslocamentos entre Guia Lopes e Antônio João vai ser alvo de ação investigativa das autoridades estaduais enfatizando o fim que receberam as verbas federais que à estrutura deram forma. Ela ostenta grande chance de se ater a expectativas de nela ter escoado muita grana e pouca intenção de fidelidade às originais propostas de uso, suspeita aparentando se encaixar à supracitada rodovia que em alguns trechos vira pó e noutros afunda tocando lençóis freáticos e estradas similares também com o envolvimento da antiga formação do Executivo em suas "melhorias".

Onde teria entrado dinheiro quase transbordando, talvez em cifras que intencionalmente ultrapassavam o valor cabível aos investimentos, não marcou presença o atentamento a detalhes bem localizados por basear situações gêmeas. O concreto é quase rei na construção civil, mas os governos em parte estacionaram no tempo com a teimosia em dispor pontes de madeira aos fluxos de pessoas e cargas. "Basta apenas haver o básico, espaço" é o princípio que guia o implante de estradas e outras construções, em um desinteresse por estudos que avaliem o tamanho das vantagens esperadas dos projetos medindo-o segundo as características geográficas, econômicas, ambientais e sociais da área. Os estragos da corrupção que apontam as estatísticas indicam o quanto ela rouba do terreno ocupável pelo capricho nis deveres,

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