Esperto, Kim agarrou oportunidade pela cabeça

Que culpa o mundo tem de o atual líder norte-coreano Kim Jong-un receber acréscimo na idade sempre em um dos primeiros dias de janeiro? A comunidade mundial teve que despertar num salto do relaxamento na rotina inerente a esta época frente ao toque do alarme de ameaça nuclear. Desta vez há diferenças nas reações internacionais que a Coreia do Norte atraiu mediante ocidentalmente duvidado sucesso no teste de sua nova arma para destruição massiva, estando contra ela até a China, sua aliada, e os Estados Unidos começando a valer-se de uma das mais inteligentes formas para expressar histórica oposição, atitudes contudo não tão credíveis.

Os motores do país (rabalhadores da agricultura, indústria ciência e tecnologia), seus protetores (militares) e aqueles que prematuramente iniciam-se nos treinos compulsórios para as três linhagens de destinos paftilharam com as lideranças federais o orgulho pela boaventura na concepção e teste da bomba de hidrogênio. As cidades de Pyongyang (capital) e Rason e províncias de Jagang, Pyongan do Norte e Hwanghae do Norte foram alguns palcos para as comemorações, que não se contentaram com o dia em que o feito foi anunciado (6), antecedendo em dois o aniversário do atual líder. De seu ponto de vista, uma adição bem-vinda à estrutura defensiva com a qual sonha dormindo e acordado passar uma vassoura e depois um rodo com pano embebido em soda sobre os Estados Unidos e tudo de sujo que plantaram pelo globo.

Até hoje a iniquidade é peça frequente nas relações internacionais dos EUA, não sendo exclusiva na geopolítica. A potência socioeconômica é oficialmente assim reconhecida pelas vantagens que oferecem à maioria de sua população, apesar das burradas externas e também internas, que afetam a muitos habitantes. No lado oriental do planeta a Coreia do Norte apresenta uma fórmula alternativa para fazer a lição de casa.

Procedimentos de pouco confiável retidão. Embora haja mentes defeituosas cujos olhos a vêem, a justiça social que os Kim e todo o Partido dos Trabalhadores da Coreia afirmam haver na porção norte da Península Coreana, apontando defeitos na parte sulista, por seus meios de comunicação que compreendem um monopólio (a agência do notícias KCNA e jornais como Rodong Sinmun e Uriminzokkiri) é de uma veracidade de até agora apenas imaginária visualização. Se procurarmos por correspondências entre as notícias de benfeitorias do governo quase unânimes na pauta desses veículos (mesmo assim impedidas de serem salvas em e-mail por variadas características dos sites) e o real toparemos com negações por esse fator, além do veto à entrada de jornalistas estrangeiros naquelas terras e a crueldade inserida na maioria das notícias que clandestinamente vazam para a grande mídia ocidental.

Projetos nucleares como este e outros três revelados em épocas anteriores teoricamente são incabíveis a um país pode-se dizer todo alheio ao capitalismo, ao qual se recusa doa a quem doer a abrir-se mesmo com a reserva de algum espaço para o sistema na economia de seus irmãos socialistas (a exemplo de China e Cuba) após o colapso da União Soviética, quem bancava essa ideologia perceptivelmente raquítica para concretizar suas "maravilhas". Algumas das medidas punitivas propostas contra a Coreia do Norte e aliados se dirigiriam a pessoas físicas e jurídicas suspeitas de ajuda na obtenção de recursos que não haviam por aquele solo. Tudo o que esse elemento faz é piorar a debilidade da ilusão de que a ideologia Juche norte-coreana, versão piorada do socialismo, e ele próprio conseguem um autônomo e humano desenvolvimento. As boas e soberanas obras que governos ditos totalmente curvados a essa via política e econômica emitem a seu povo e simpatizantes externos por vezes (embora muito bem se esconda) apresentam sinais de arrombamento da cerca pelos bois sonsos. Mas é na vida particular dos grandes igualitaristas que a fachada recebe reforço, ainda sem conseguir vender gato por lebre aos intelectos vacinados.

O devasso regime em questão possui dois adversários contra os quais não cabe tempestade em copo d'água. Não serem de pequeno porte é marcante detalhe. Na contramão da irmandade ideológica a China condenou "firmemente" a experiência norte-coreana, podendo usar de seu poder influente no Conselho de Segurança da ONU para impulsioná-la em sentido retrógrado, Entretanto não há sólida confiança nessa vantagem, a ser subutilizada pelo detentor em virtude de a essa altura estar se revigorando o espírito antiamericano que terá se mantido apesar da grande rendição à economia mercadológica, sentimento partilhado com o réu que o exerce com ortodoxia. O irredutível isolamento na Coreia do Norte é driblável pelos EUA por meio de negociações com os chineses para enfraquecer a ameaça belicista nuclear do mesmo jeito que no caso do Irã, oportunidade agora expirada que não dará mais tanto vigor à recusa de Obama em oferecer a atenção de que Kim gosta citando-o em discursos.

Nesse panorama, como e por que poderia o Ocidente varrer do globo a República Democrática Popular da Coreia que aparenta nem dele tirar proveito? Um governo com a mente estacionada nos anos 50, tempo da guerra responsável por bipartir a Península Coreana, que não se cansa em nos direcionar bombardeios intelectuais infundados é digno de gozação! Parte o exemplo das propagandas emitidas pela Coreia do Sul via auto-falantes direto da fronteira!

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