O despreparo se manifesta sem medo de inovar

No Rio de Janeiro todo cuidado é quase nada! O porte de qualquer objeto próximo a policiais liga seus mal regulados alarmes mentais, podendo resultar em reações precipitadadas com sérias consequências para os cidadãos vistos como suspeitos de estarem armados. O skate de que se apossava um adolescente que com amigos estava reunido fumando maconha em uma mata no Alto Leblon, motivando o disparo lhe dado no braço por um PM, conduzira ovgaroto para as imediações de horrível fim dado por outro agente às vidas de dois jovens que en uma motocicleta transitavam na Pavuna levando um macaco hidráulico, desastrosas ações registradas no anterior mês e antecedidas por equivalentes num intervalo quinquenal.

Logo o consumo de rosquinhas propagado em filmes e seriados estadunidenses não sendo anexado à rotina de nossos policiais, descarta-se a incidência neles de problemas visuais provocados por diabetes. O que faz os olhos de muitos agentes verem chifre em cabeça de cavalo são os comandos que partem do aparato neurológico segundo as influências ambientais.

Os dois eventos já elencados, outros em circunstâncias iguais – o baleamento de um homem à raiz do engano de um policial que confundira seu celular com una arma em maio na cidade de Duque de Caxias, a execução de dois rapazes no bairro carioca Rocha Miranda em fevereiro de ano antecessor e o tiro fatal em 2010 contra um homem que fazia reparos em sua casa na região do Morro do Andaraí usando uma furadeira, uma metralhadora na visão do soldado do BOPE que efetuou o disparo – e as caricatas operações nas favelas colocariam a polícia do Rio como a mais letal do país todo, não fosse a vice-liderança estabelecida aos fluminenses (defronte a Sào Paulo) nos resultados estaduais do 9° Anuário Brasileiro de Segurança Pública, estudo conduzido pelo Fórum de Segurança Pública. Trocadas as contagens pela severidade dos contextos em que tomam forma o desfecho, a medalha de ouro estará indubitavelmente ao alcance!

Trava crônico embate o Estado contra o submundo criminal tentando assumir as comunidades urbanas pelas quais demonstrou histórica repulsa (conheça detalhes) até ver que descem para o asfalto as consequências do desenvolvimento oportunista do narcotráfico nos morros. O espaço para domínio ficara garantido às máfias ao conseguirem obter arsenais cujo sempre atualizado perfil coloca em xeque a postura estatal sobre o controle de armamentos. As exigências de repressão aos inimigos da ordem social levam os encarregados de protegê-lá a se espichar à altura do algoz no quesito artilharia, necessidade insaciável por não estarem condicionados a obstruir as rotas mercantis ilegais por onde chega aos poderosos o aparato bélico, a solução final para os ingredientes ativos que podem estar marcando a "missão" das novas gerações em brotamento nas áreas periféricas – fuzis, metralhadoras, helicópteros e os blindados "caveirões".

Entre as perdas humanas que aos dois lados acometem há em comum a tendência de serem descontadas nos inocentes moradores, quer quando traficantes "acertam as contas" com com suspeitos de sabotar seus negócios ou a todos que habitam em suas áreas fixam "toque de recolher", quer nos episódios de abusos na lida de policiais com pessoas de quem suspeitam sob quase esgotada credibilidade não acatar suas determinações. O advento das primeiras UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) teve em sua comemoração meteórico sentido até os instantes que falhas no sistema apontaram, as quais reaminam as esperanças dos antigos mandatários em retomar auas terras – o que vêm tentando – e demonstram não se ter agido buscando adaptar as ações e o efetivo policiais dirigidos às comunidades conforme a visões mais humanas acerca dos habitantes. Também a farda não parece inumizar contra o mal da impunidade os profissionais moralmente desviados dos preceitos da corporação, afirmação fundamentada na descoberta, nesta terça, do funcionamento de um estabelecimento para PMs em Niterói (onde é possível constar ex-membros de UPPs) como uma colônia de férias que disponibilizava livre comunicação digital e comida de primeira à qual a crise vem nos negando acesso – churrasco e feijoada – para os internos em substituição a outro lugar onde estavam e de que foram transferidos por gêmeo motivo.

E aos patrulheiros bem dedicados ao ofício, o que fica? Não as migalhas, mas justamente significativas porções desse bolo indigesto! É possível os policiais responsáveis pelos dementea erros citados nos dois iniciais parágrafos terem sido peças úteis e funcionais da máquina que compunham até acertarem gatos por lebres em consequência de embaraços na capacidade de tomar decisões que não podem aguardar complexos raciocínios oriundos das imperícias de seus superiores, elas que não estão fazendo avançar aos últimos capítulos a novela da ostentação bélica pelos narcochefões e, a melhor patamar, a confiança nas equipes policiais de quem as paga primariamente em troca da proteção como dever delas instituída. Nisso a absolvição em 2012 do PM Leonardo Albarello, que atirou no homem que usava a furadeira, encontra sustentáculos legítimos, mesmo unilaterais face aos protestos dos familiares da vítima.

Suficientemente atestada é a impossibilidade de haver progressos nas ações policiais basicamente pautadas em dispor os efetivos para a luta com os senhores dos morros feito, por exemplo, os caminhões da COMLURB no trato aos resíduos produzidos pela população. Final feliz esse drama levará apenas mediante compreensão traduzida à prática pelos governos acerca da verídica extensão requerida aos trabalhos que propõem sufocar o poderio criminal, estendo propensos a se erguerem seus resultados o corte no abastecimento armamentista ao tráfico através de mais profissionalismo no que por nosso país entre valendo-se das fronteiras, portos e ar unido a suporte social procurando a construtivas escolhas redirecionar as tendências de quem nasce e começa a caminhada para a vida nesses ambientes.

(Interessante artigo complementar às reflexões e matérias locais que as basearam:

http://m.extra.globo.com/casos-de-policia/aurilio-nascimento/a-policia-acabou-17682223.html

http://m.oglobo.globo.com/rio/enterro-de-jovem-morto-por-engano-por-pm-marcado-por-emocao-17936685

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/rjtv-1edicao/videos/t/edicoes/v/policia-investiga-tiro-que-atingiu-adolescente-de-16-anos-no-alto-leblon/4587869/

http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2015-11-05/pm-e-acusado-de-confundir-arma-com-skate-e-atirar-em-jovem-na-zona-sul.html

http://noticias.band.uol.com.br/jornaldorio/video/2015/11/10/15673774/fiscalizacao-aponta-falhas-na-seguranca-de-unidade-prisional.html)

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