O júri dos júris, a níveis municipal e estadual

A Marcos Luiz Azevedo Chaves, rapaz de 24 anos assassino confesso da esposa Fernanda Naiara Azevedo, 17, e dos filhos do casal, um menino de 7 meses e outro de 2 anos (que não era filho biológico do jovem), a justiça estipulou em seu julgamento no último dia do mês anterior no fórum aqui de Itaporã o preço a ser pago pelo réu em favor do impacto social provindo de sua atitude empreendida há três anos, o encarceramento durante 91 mais quatro meses no presídio de Naviraí, onde já encontrava-se. Bom, a promotoria empenhou-se como pôde em jogar por terra os argumentos da defesa (um defensor público) que aliviariam o justo fardo, lançando a sorte a nosso sistema prisional e legislativo, pouco apto a fazer valer a decisão.

Não houve escapatória! Não foi a emoção influenciadora direta deste veredicto, e sim sua manifestação dentre as massas populares frente às conclusões dos setores policial e judiciário após apuração concreta por estes do que se passou naquela casa na chácara Bela Vista – propriedade rural situada defronte onde eu moro, inclusive – entre a noite de 19 e a madrugada de 20 de janeiro de 2012. O total de mais de 90 facadas que o trabalhador rural desferiu na convivente e nos garotos, abrangendo singulares e macabros elementos como o emprego de 4 armas brancas (cada uma substituta da antecedente quando esta se quebrava sob o vigor, a "força de vontade", que regiam seu manuseio), a tentativa de defesa da criança mais velha em proteger-se com as mãos que explica o corte de um dedo e o minúsculo pavio que detonou a carga explosiva alcoólica (queixas de Fernanda pelo estrondoso volume do som apreciado pelo marido com bastante cachaça – ela mesmo!) e indícios de lucidez no autor, pesaram tanto no tribunal, de jeito que entre os cidadãos comuns, não resistindo as tentativas de alívio penal mediante alegações de problemas do apenado com a bebida desde 16 anos feitas pela defesa.

De que demais indícios o Estado e os fabricantes e divulgadores das bebidas precisariam para domar sua exposição social diante do perigo a que vem associado o abusivo e precoce consumo? Julgá-los junto a Marcos por terem-no entregue a fartas doses de tal droga, mais aceita na sociedade que as ilícitas, porém tão perigosa quanto elas, ainda não sujeitaria estes réus indiretos reincidentes à pena corretamente determinada para o responsável direto, arranjando-se melhor ela com procedimentos específicos aos extensos registros do destroço que causam entre as famílias e no trânsito. Pessoas que acabam agindo como o perpetrador da chacina ou arriscam-se em guiar veículos mesmo elas tendo as capacidades cognitivas distorcidas pela presença etílica foram frutos, dentre todos nós, maturados até apodrecer por serem de nascença expostos aos fantasiosos valores positivos associados à bebedeira e não terem nos primórdios de sua juventude (antes da maioridade) barreiras para os iniciais contatos com as substâncias buscando conhecer o paraíso imaginário. Avisos de que os produtos devem ser consumidos moderadamente e em quantidade alguma por menores e condutores acabam soando feito silenciosos ruídos quando a apresentação comercial é feita, por exemplo, na forma de uma propaganda que mostre o verão como uma mulher atraente ou músicas do tipo de "Triste e Alegre" de Guilherme e Santiago, segundo a qual há "felicidade num copo de bebida" – digam-me, compositores, onde está, após recordarmos tantos fatos terríveis – ou "É Tenso" de Fernando e Sorocaba, que incentiva os irresponsáveis a pintar o 7 e depois pôr a culpa na cachaça – sugestão seguida pelo protagonista deste artigo –, bem como a polícia e os órgãos de proteção à infância e adolescência "baixam" pouco em estabelecimentos que vendem álcool para verificar a funcionalidade dos entraves à compra por público inadequado (onde existem!).

As decisões penais e suas contrárias expectativas práticas aproximam os brutais assassinatos do cárcere privado seguido de morte efetuado durante 4 dias em outubro de 2008 contra Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, pelo ex-namorado Lindenberg Fernandes Alves no apartamento da mesma em Santo André (SP). Os dois criminosos chegaram perto de passar um centenário entre geralmente uma grade e três paredes em consequência, com a mesma semelhança na simultânea combinação entre as sentenças e o significado social dos eleitos e inconveniência delas com nossos limites e benefícios legais. O teto de 30 anos de reclusão, as oportunidades de trabalho nas cadeias ou fora delas que suprimem a pena a cada 3 dias de rendimento e a outra via para uma liberdade precoce por bom comportamento na prisão, graças aos quais o primeiro direito não precisou ser usado na nossa história recente, estão ao dispor de Lindenberg, podendo ele ser visto novamente nas ruas em poucos anos, conforme dissera em 2013 sua advogada Ana Lúcia Assad. O passar do tempo pode levar das autoridades o sentimento próprio à crueldade cometida por Marcos e, assim, também trazê-lo de volta à população de bem.

Setor propício, entretanto, a preservar as impactantes memórias sentimentais e, como justificativa, encarregar-se de mdelitosr as oportunidades de reintegração social para os praticantes de muito absurdos delitos quando recebem esse direito sem ainda merecer, dando-lhes o reconhecimento negado pelos governantes. Disso Marcos já tem garantias que surgem dentro de sua própria família por causa de rumores de que seus pais se mudarão dessa cidade quando ele estiver livre. No contingente carcerário existem com certeza membros que verdadeiramente se dão conta de como escolhas desonestas pesaram sobre si e os indivíduos à sua volta e desejam ter o perdão dos danos, para quem são as penas alternativas uma valorosa ferramenta, enquanto para os criminosos experientes nesse tipo de carreira, desinteressados em largá-la e/ou autor de de modalidades que wstremecem moralmente a população, um alimento para sua apartação social e o motor do ciclo de prosseguimento de nossa insegurança. Para os governos fica o favor obrigatório de reorganizar o sistema para o mesmo abandonar o tratamento cego aos grãos colhidos como se todos fossem úteis.

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