Servidores públicos passam o fim de ano na pindaíba

Mais de 1600 funcionários públicos da Prefeitura de Itumbiara, em Goiás, ainda não receberam nenhuma das duas parcelas do 13° salário do ano passado. A Secretaria de Finanças admitiu que não possuía recursos suficientes na época, mas prometeu concluir os pagamentos até o fim deste mês.

É certo que esse dinheiro não fez falta apenas na hora das tradicionais futilidades sempre presentes nos festejos de Natal e Ano Novo, como enfeites, presentes, comidas tradicionais deste período (peru e Chester) e bebidas. Em virtude da incapacidade dos patrões no controle do uso dos recursos que lhes são disponibilizados, cujos resultados provavelmente não estariam manifestando-se pela primeira vez e adquiriram maior força devido a esses gastos adicionais de fim de ano,, como o pagamento da parcela extra do salário e os investimentos nas decorações e eventos típicos, muitos desses funcionários e suas famílias, dependendo da renda, podem ter travado uma luta (que, em certos casos, não teria sido vencida por falta de condições) na manutenção dos fatores básicos necessários à qualidade de vida, como mantimentos, materiais de limpeza, roupas, serviços que só são oferecidos com o pagamento de contas, como água, luz e telefone e os gastos que algumas pessoas costumam fazer a fim de reformar suas casas, tornando-as mais confortáveis e seguras para receber visitas e iniciar bem o novo ano.

Embora a disponibilização tardia dos valores não pagos a seus empregados, certamente fruto das pressões geradas por seu descontentamento, não seja capaz de remediar totalmente os impactos gerados por esses transtornos, é muito importante que a Prefeitura tome atitudes eficazes para efetuar esse reembolso de maneira que o dinheiro seja dustribuído aos trabalhadores com agilidade e na quantia suficiente. Os gestores municipais devem dar atenção às lições deixadas por esse episódio inconveniente a respeito da importância da remuneração regular de seus funcionários para que não tenham problemas na manutenção de suas condições de vida e evitar esses ressarcimentos atrasados e forçados, que podem resultar em grandes perdas de recursos públicos, parte dos quais seria reservada a outraso o valor destinado aos pagamentos não seja suficiente.

Combustível não falta para o funcionameento da máquina pública, constantemente abasteecida até as bordas com quantias incontáveis retirados obrigatoriamente e em quantidades acima do sufiente, para seu funcionamento, das pessoas físicas e principalmente das jurídicas. Assim como no caso de outras despesas, como saúde, educação, infraestrutura urbana, segurança, dentre outros, deve ser assumido apenas por pessoas devidamente instruídas o controle das despesas relativas ao pagamento de salários aos trabalhadores nas prefeituras (em especial às de cidades de tamanho populacional considerável, como é o caso de Itumbiara, onde residem quase 100 mil pessoas, responsáveis pela geração de enorme receita, aumentada com os repasses estaduais e federais, à Prefeitura), governos dos estados e na União. A presença de profissionais nesse nível dá uma maior garantia de que sejam elaboradas estratégias mais eficazes para garantir a captação e o emprego, na quantidade e do modo corretos, das importâncias arrecadadas para esse fim no intuito de que os beneficiados recebam-nas regularmente para cobrir suas necessidades e as de seus dependentes. Dessa forma o Poder Público valorizaria mais os braços, pernas e cérebros responsáveis pela execução de seus serviços e seus patrões indiretos, que os pagam para usufruir desses importantes ofícios.

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