Saúde pública tira férias

Sete postos de saúde de Bambuí, no oeste de Minas Gerais, estão fechados por falta de médicos. Os atendimentos estão sendo realizados apenas na Policlínica, que conta com apenas um profissional, e no Pronto Atendimento, que ficam superlotados devido a esse inesperado aumento da demanda. Segundo Lázara José do Carmo, cidadã residente no município, esse é o primeiro ano em que ocorrem problemas dessa natureza. A Secretaria de Saúde informa que abrirá um processo seletivo para a contratação de funcionários. Ainda de acordo com o órgão, a data prevista para a retomada do funcionamento das unidades de saúde é o próximo dia 19.

Este início de ano está sendo bem atípico e problemático para os habitantes da cidade e os médicos que foram mantidos. Justo nesse momento, em que todas as unidades de saúde deveriam estar em funcionamento devido à possível elevação no número de atendimentos, resultante, principalmente, da maior disponibilidade de tempo a grande parte de seus usuários, como esqtudantes e trabalhadores que tiveram direito a férias, para que possam frequentá-los em caso de ocorrências costumeiras e a fim de submeter-se a uma série de exames destinados a uma checagem geral da saúde. Porém, a dispensa de um grande número de médicos, possivelmente em razão do vencimento de contratos ou outros acordos do gênero entre eles e a Prefeitura, algo normal, e a falta de um planejamento da reposição do efetivo tornaram inoperante a maioria dos estabelecimentos, obrigando todos os bambuienses, que antes podiam contar com serviços básicos da área numa maior proximidade em relação a seus lares, a deslocar-se, não importando a distância, até os dois ûnicos em operação, os principais do município, os quais tiveram seu espaço disponível reduzido e seus limites ultrapassados. Desse jeito, pacientes deslocam-se aos postos tendo ainda que esperar o andamento da fila e a rotina dos médicos converte-se em uma desafiadora batalha pelo oferecimento de atenção digna a esse mundo de gente, tarefa difícil.

Os gestores municipais de Bambuí deverão cumprir o prazo por eles determinado, pois nessa situação caótica precisa ser dado um basta antes que se prolongue, resultando em severas consequências à população e aos próprios governantes. E será necessário que estes promovam o processo seletivo de modo a admitir médicos devidamente qualificados para preencher as vagas e inclusive dar contribuições para maiores progressos na qualidade dos serviços de saúde. Toda essa desordem na cidade mineira ensina a seus administradores e os demais governos municipais, os estaduais e o federal a importância de estudos e planejamentos antes de se promover contratações de novos servidores de modo que processos seletivos e outros procedimentos ocorram antes de momento em que as mudanças começarem com objetivo de colocar os trabalhadores imediatamente para exercer suas funções, evitando que sejam interrompidos os atendimentos à população.

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