Campanha ecológica traz ganhos à população e à natureza e reduz chances de mosquito se dar bem

Entre os dias 12 e 15 deste mês a Prefeitura de Ipameri, em Goiás, através da FUNASA (Fundação Nacional de Saúde) e a Secretaria de Saúde, e o Grupo Tucano promoveram a terceira edição do projeto Dengue Móvel. Moradores, principalmente crianças, recolheram grandes quantidades de materiais que podem acumular água, servindo de criadouro ao mosquito, e as levaram a pontos de coleta, recebendo em troca materiais escolares, cuja quantia variava de acordo com a de objetos coletados. Estes serão usados na fabricação de tubos empregados na construção civil.

Em todo verão repetem-se os adivinháveis episódios, o "Aedes aegypti" encontra ambiente fértil, em condições aliadas de sua necessidade de procriação devido aos fenômenos climáticos, adicionando-se a eles a falta de responsabilidade de cidadãos que, apesar das rotineiras campanhas conscientizadoras, continuam demonstrando seu pouco amor a seus semelhantes ao não ficar atentos às consequências a que os mesmos estão expostos, negando-lhes o direito de viver, além das deficiências nas fiscalizações governamentais que têm por objetivo reprimir tais comportamentos. Assim a dengue espalha-se mais facil e rapidamente e vitima muitas pessoas, que ficam por vários dias impossibilitadas de executar as tarefas cotidianas e das quais muitas são afetadas por complicações e se vão, levando consigo parte da vida principalmente de suas famílias, nas quais tinham grande importância afetiva e, em muitos casos, financeira. E as epidemias, registradas em várias regiões, deixam as autoridades da área da saúde sem saída diante do rápido crescimento de registros da doença, que exige um aumento maior que o possível na quantidade de medicamentos, profissionais (médicos e enfermeiros) e leitos destinados a atender toda essa leva de pacientes. E aí reduz-se a já insatisfatória qualidade da assistência aos portadores de outras doenças e as vítimaas de acidentes e da violência na tentativa a fim de priorizar os indivíduos premiados pelo mosquito, objetivo nunca alcançado. Por fim, toda essa loucura submete os funcionários dos estabelecimentos de saúde a uma rotina mais desgastante por não terem condições para atender adequadamente a toda a demanda, tendo reduzidos a sua paciência e consequentemente seu desempenho e as possibilidades de esforçarem-se de forma eficaz para a prestação de um serviço mais humanizado.

Em Ipameri, entretanto, a situação com certeza está sob controle em razão dessas iniciativas da Prefeitura e da empresa privada que consistem em incentivar a participação popular ativa na luta contra a disposição de lixo em locais inapropriados. Pelo menos nessa cidade o mosquito da dengue não tem espaço há três anos seguidos justamente por estar desabrigado. A natureza fica igualmente protegida através da diminuição da quantidade de materiais nocivos a ela e também ao ser humano e o ingresso das crianças nessas atividades une a consciência que estas já têm a respeito desses assuntos graças a conhecimentos que certamente lhes são repassados durante as campanhas e nas escolas aos benefícios gerados ao orçamentos de suas famílias com a chance de adquirir gratuitamente uma significativa parte da lista de material escolar, tornando menos intensos os impactos financeiros gerados anualmente pela soma da própria quantia de itens exigidos pelas escolas às altas cobranças praticadas por muitos comerciantes.

A partir deste momento torna-se necessário um maior empenho das autoridades da área de controle de endemias em intensificar as fiscalizações destinadas a coibir o despejo de mais lixo em quintais e terrenos baldios e o descaso dos donos destes últimos com a vigilância em suas propriedades, que acaba dando espaço aos sujismundos e a colaboração da justiça local no sentido de menter as punições que forem estabelecidas aos praticantes dessas condutas (multa, prisão, confisco do terreno e quaisquer outras), ignorando o poder econômico destes e preocupando-se somente em garantir que seja punido todo indivíduo que mostrar desprezo às normas que visam garantir a todos os membros da sociedade, da qual também participam — queiram ou não — os infratores, o direito de viver exposto a menos riscos possíveis à saude e à segurança. Se não for aumentado o rigor dessas ações, será dada continuidade às ações, o que vai desvalorizar todo o trabalho feito durante o Dengue Móvel e os possíveis outros projetos educativos principalmente na conscientização das crianças, pois não haverá progressos no cmbate à dengue e aos problemas ambientais se os pequenos ipamerinos continuarem expostos aos péssimos hábitos dos já crescidos há muito tempo.

Comentários

  1. É questão de conscientização. As pessoas precisam se ajudar, e os governos fazerem suas partes!

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