Possibilidade de município receber faculdade ainda está muito distante

Na semana passada o empresário Urias Bellusci, que havia doado, no ano passado, à Prefeitura de Adamantina, no interior de São Paulo, um terreno de sua propriedade para a construção de uma unidade da FATEC (Faculdade de Tecnologia), entrou com pedido de desistência da doação. Segundo um documento assinado por Urias e sua esposa, Maria José Zampieri Bellusci, a atitude teria sido motivada pelo descaso do Poder Público municipal, que ainda não deu início às obras, e por outras razões não informadas. A Prefeitura, por sua vez, informou que isso deve-se á burocracia do Estado e que não dispôe de recursos para a construção de uma via de acesso à sede da futura FATEC, o que seria necessário em razão da falta de infraestrutura da área; as autoridades ainda declaram que pretendem reivindicar judicialmente a posse do terreno, podendo até pedir a desapropriação domesmo, já que existe um contrato de doação assinado entre os donos e o Estado. Outros empresários adamantinenses estariam interessados em doar propriedades para a implantação da unidade de ensino. o que é visto como outra alternativa para solucionar o impasse.

Além de fornecer maiores oportunidades aos estudantes de Adamantina e das cidades vizinhas, oferecendo-lhes acesso a diferentes cursos que elevariam o número de pessoas habilitadas a atuar em ofícios mais complexos, propiciando na região a vinda de empresas de maior porte e tecnologia e disponibilizando mais gente para atuar nas que já funcionam,o que melhoraria a qualidade do trabalho que promovem, a implantação da FATEC no município movimentaria mais suaeconomia devido ao aumento de consumidores para os produtos e serviços fornecidos pelas entidades e empresas públicas ou privadas. Mas o futuro em relação a isso é incerto, pois, ao receber o terreno, a Prefeitura não teria avaliado as condições de infraestrutura do entorno do mesmo e a situação de suas contas públicas a fim de verificar se havia recursos suficientes para as obras da faculdade e de facilitação do acesso de alunos e funcionários a ela. E talvez o projeto nunca se tornaria realidade. O dono da propriedade foi esperto ao retomá-la para si, apesar haver possíveis interesses políticos particulares nos outros motivos da atitude que não foram explicados no documento, visto que o projeto talvez nunca tomaria forma. Caso o governo municipal recorra á Justiça para reaver o espaço, esta precisa agir em favor do proprietário, pois sua boa ação de nada valeu em razão de o Poder Público ter desperdiçado essa tão importante chance.

A melhor alternativa é verificar as propostas oferecidas pelos demais empresários. Porém, já que não pode gastar muito com obras extras de infraestrutura, a administração municipal tem que escolher, para instalar a FATEC, o terreno cuja localizaçaõ e a infraestrutura, tanto dele quanto das vias de acesso e outros lugares pro´ximos, sejam as melhores possíveis com o objetivo de fazer com que a maior parte dos investimentos seja destinada ao centro educacional. Caso o governo estadual esteja agindo de forma burocrática, isto pode estar acontecendo como punição por alguma irregularidade cometida pela Prefeitura de Adamantina ou, se problemas parecidos estiverem ocorrendo em outras cidades, seria resultado de desequilíbrios administrativos. No primeiro caso precisam ser adotadas medidas para coibir esses desvios de conduta, se estiverem em andamento, e evitar que tornem a acontecer, estabelecendo normas para o manejo correto da máquina pública, promovendo ações de monitoramento para garantí-lo e punindo os envolvidos; se a segunda hipótese representa o que pode estar acontecendo, é importante que os gestores estaduais avaliem as açãoes que estão promovendo para o controle das despesas governamentais e façam as devidas mudanças, pois essas dificuldades impostas ao repasse e uso das verbas, pois isso pode estar criando grasndes obstáculos ao andamento de benfeitorias que têm enorme papel na economia e na qualidade de vida da população dos municípios.

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