Perseguições policiais a motociclistas têm desfechos opostos

Há poucos dias um jovem foi pego pela polícia empinando uma motocicleta em Santa Fé do Sul, no interior de São Paulo. O motociclista começou a fazer as manobras ao passar por uma lombada na rua das Margaridas, na COHAB Bartolo Rossafa, tentou fugir percorrendo outras vias da região ao perceber a presença de uma viatura da Polícia Militar e acabou sofrendo uma queda. Com ferimentos no braço, o condutor foi encaminhado a uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Ele, que já tinha apenas dois pontos na carteira de habilitação, responderá por direção perigosa, desrespeito á polícia e à sinalização de trânsito e outras infrações. Na noite do último dia 3 uma viatura da PM que também perseguia um motoqueiro capotou e despencou de um viaduto entre a avenida Frei Antônio Zimmermann e a rua Santo Antônio, ligação entre os bairros Beija Flor e Karina, em Mirassol, no mesmo estado. Os policiais eram de São José do Rio Preto e estavam ajudando os de Mirassol. Nenhum agente se feriu. O condutor da moto conseguiu fugir. Segundo pessoas que residem nas imediações, os acidentes são comuns no viaduto.

No caso mais recente, a polícia teve sorte ao conseguir tirar de circulação um indivíduo inconsequente que, mesmo com o elevado risco de perder a CNH devido a outras infrações que teria cometido anteriormente, fez acrobacias com a motocicleta e, ao notar que teria mais encrencas com a presença da viatura policial, tentou fuga, possivelmente em disparada, atitudes que poderiam ter vitimado as pessoas que transitavam pela região. Tudo isso agravará mais ainda sua situação perante as autoridades policiais, judiciais e de trânsito, pois ele talvez já está encarcerado e, quando recuperar a liberdade, poderá ficar sem a motoca e perder definitivamente a "carta", passando a ter liberdade apenas para ir a pé de casa para outros lugares e vice-versa, deixando de representar risco aos cidadãos de bem, que nada têm a ver com suas escolhas, frutos da precária educação que teria recebido em casa, na escola convencional e na autoescola.

Já na segunda situação, problemas na estrutura física e na sinalização do viaduto, que há um bom tempo já vêm fazendo vítimas, e possíveis imprudências cometidas pelo policial que dirigia a viatura ofereceram ao condutor da moto, que seria submetido a averiguações ou até preso também por infrações de trânsito ou outros delitos, como envolvimento com o tráfico, roubos ou posse de um veículo de procedência ilegal, a chance de escapulir e deixando a corporação com uma viatura a menos, o que pode estar dificultando o trabalho dos agentes. A sorte é que os PMs saíram ilesos, talvez por terem usado os cintos de segurança, o que fez com que houvesse somente prejuízos materiais, facilmente remediáveis com reparos na viatura ou a aquisição de outra, em vez dos transtornos que ferimentos graves, sequelas ou a morte de um membro membro poderiam causar a seus familiares e ao setor financeiro do governo estadual, que teria de pagar indenizações. Essa oportunidade obviamente não vai se repetir para o fugitivo sobre duas rodas. Quem souber seu paradeiro deve ajudar as autoridades a lhe aplicarem as medidas punitivas adequadas, para os crimes que teriam motivado a perseguição, por ter envolvido os policiais nessa situação perigosa e pelos ilícitos que tiver cometido após o episódio ou no futuro.

É necessário por parte dos administradores públicos mirassolenses a contratação de profissionais especializados para fazer um estudo das condições em que se encontram a estrutura e a sinalização do viaduto, elaborar e executar projetos de melhorias e modernização de ambos, de modo a tornar o elevado mais seguro para ser utilizado por pessoas e veículos que por ele trafegam diariamente para se deslocar de casa para o trabalho, escola, faculdade, entre outros compromissos, transportar matérias-primas e mercadorias resultantes das atividades econômicas para Mirasssol ou outras cidades e e dar à população mais acesso aos serviços governamentais, no caso dos veículos de emergência (viaturas da polícia e dos bombeiros e ambulâncias). As autoescolas precisam constantemente ser fiscalizadas e submetidas a testes que avaliem a eficácia dos conteúdos ensinados na conscientização sobre a importância do respeito às regras de trânsito. As escolas propriamente ditas também deveriam abordar frequentemente esse tema em suas aulas e eventos para difundir esses conhecimentos entre as crianças e os adolescentes, que com certeza dariam mais valor ao que aprenderiam a respeito do assunto, adquirindo desde cedo a consciência sobre isso e alertando parentes e amigos em relação à necessidade de se andar na linha.

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