Chuva causa situação inusitada em shopping

Uma tubulação se rompeu no shopping Iguatemi, em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, durante a chuva que atingiu a cidade na noite do último dia 10. Uma cascata se formou no estacionamento e a água escorria pelas luminárias do restaurante Outback. Os pisos de ambos ficaram inundados. Porém, não houve prejuízos materiais nem vítimas. O encanamento foi reparado no dia seguinte. O incidente virou motivo de piadas no Facebook e no WhatsApp, com a publicação de vídeos com frases como: "Cataratas Iguatemi Rio Preto", uma referência às quedas d'água de Foz do Iguaçu, no Paraná, "Coisa mais riiiiica!!! Iguatemi tem até cachoeira .. kkk isso que é inovação na construção", "Olha como o Iguatemi é chique". Essas publicações obtiveram centenas de curtidas, comentários e compartilhamentos.

O humor mostrou ser um meio muito eficaz de criticar esse evento incomum e inesperado que, apesar de não ter danificado equipamentos do shopping e pertences de clientes e ter, à primeira vista, uma aparência bonita e sofisticada, poderia ter trazido perigos aos funcionários e frequentadores. A água que caía através das lâmpadas poderia vir acompanhada por corrente elétrica até o piso, onde ambas se acumulariam, gerando consequências terríveis, como várias mortes por eletrocução e um grande incêndio, que se alastraria para outros estabelecimentos, provocando perdas materiais e também de vidas e ocasionando tumultos igualmente perigosos em todo o shopping. E, devido à inundação no estacionamento, as rodas dos carros poderiam perder o contato com o piso (a chamada aquaplanagem) ou derrapar, ainda mais porque o chão do local com certeza era liso, por localizar-se dentro do centro comercial, o que geraria acidentes, assim como nas vias públicas.

É provável que o rompimento da tubulação tenha resultado de seu desgaste natural ou alguma falha que tenha feito entrar no cano uma quantidade de água maior do que ele podia suportar. Então, diante desse episódio, autoridades como Corpo de Bombeiros, Defesa Civil ou CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), a fim de que vistoriem o local onde foi feito o conserto para verificar se este seguiu as medidas necessárias para que o serviço, seja de reparo ou troca do cano, tenha sido realizado de forma que tenha uma longa duração, evitando que problemas desse tipo tornem a acontecer. Isso evitará dúvidas quanto à segurança do conglomerado comercial e uma possível queda na clientela e, assim nos lucros dos donos e funcionários do estabelecimento em geral e das lojas que o compõem.

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