Paciente psiquiátrica volta a causar pânico entre estudantes

Na manhã desta terça-feira, uma mulher de 26 anos que sofre de transtornos psiquiátricos invadiu uma escola na cidade de Žďár nad Sázavou, localizada na região de Vysočina, distrido de Žďár nad Sázavou, na República Tcheca, agrediu três estudantes e posteriormente um policial com uma faca; ela acabou detida. Uma das vítimas, o garoto Petra, de 16 anos, morreu; ele havia tentado defender um amigo. Há dois anos a mulher, natural da região de Ostrava, havia feito outro ataque em outra escola na cidade de Havířov, região da Morávia-Silésia, distrito de Karvina, ocasião na qual manteve uma estudante refém e foi julgada e condenada a internação em hospital psiquiátrico, mas acabou solta em fevereiro deste ano e havia ganhado direito a tratamnto ambulatorial em vez do hospitalar, que até então era realizado.

Em muitos casos, depois de um certo tempo de internação, doentes psiquiátricos podem apresentar significativas melhoras que lhes permitam voltar ao convívio social. Mas isso não significa uma liberdade total. Essas doenças não têm cura e, por essa razão, os pacientes precisam ser monitorados por uma pessoa (pais, filhos, maridos, esposas etc) sã a quem lhe seja atribuída a responsabilidade de garantir que ele tome sua medicação adequadamente, não tenha acesso a objetos que podem ser usados para tentar contra sua própria vida ou a de outras pessoas (armas brancas ou de fogo, venenos, materiais que podem servir para causar intencionalmente incêndios ou explosões, etc) e possa ser contido em caso de comportamentos agressivos.

Ao que parece, o hospital onde a agressora estava internada, na hora de realizar os exames para atestar a aptidão dela a conviver socialmente, não considerou a possibilidade de recaídas e não entrou em contato com seus familiares ou outros responsáveis e mesmo assim a colocou de volta à sociedade, ignorando o perigo de um novo ataque. É provável que a autora das agressões tenha sido rejeitada pela família. Sem ninguém para lhe acudir, ela pode ter parado de tomar os remédios que teriam sido receitados e tido uma grave recaída, que a fez entrar na escola e fazer praticamente o mesmo que há dois anos; só que, desta vez, o desfecho foi trágico.

Mesmo com essa omissão por parte da instituição e dos parentes e conhecidos da assassina, o homicídio acompanhado da tripla tentativa ainda poderia ser evitado se sua entrada fosse barrada, uma vez que ela com certeza não tinha vínculo com a escola, assim como sem dúvida aconteceu em Havířov. Seguramente não havia policiamento constante nos arredores do colégio e o(a) zelador(a) da entrada não tinha qualificação adequada para fiscalizar a entrada de pessoas que não integram a comunidade escolar.

Os responsáveis pelo estabelecimento educacional, o governo regional e a família da autora do crime têm que ser responsabilizados pelo descaso, sendo obrigados a oferecer acompanhamento psicológico às vítimas e familiares e cobrir as demais despesas que estes passarão a ter. E as autoridades devem fiscalizar as instituições psiquiátricas para assegurar as boas práticas no manejo de seus pacientes e reforçar a segurança nas escolas disponibilizando, durante todos dias letivos, equipes policiais destinadas a promover rondas fora e, se necessário, até dentro das instalações e porteiros competentes para filtrar o fluxo de estranhos; essas medidas, que também servem para os nossos governantes, garantem uma restrição na entrada de Intrusos com intenções duvidosas, afastando o risco de horrores como os ocorridos nessa escola tcheca, nas dos Estados Unidos e na de Realengo, no Rio de Janeiro.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Omissões que soterraram vidas e sonhos

Justiça de novo em busca de garantias de retidão

A solidez do inédito nível de apoio que Lula recebeu para voltar aonde já esteve