Os rios não estão para barcos!
O naufrágio em Porto Murtinho foi resultado de imprudências cometidas tanto pelos tripulantes quanto pelos passageiros; em vez de levar a sério as advertências da Marinha e procurar seguir outro caminho, os responsáveis pelo funcionamento do barco provavelmente preferiram continuar seguindo a mesma rota para economizar tempo, combustível e dinheiro e acabou dando no que deu; e os turistas, talvez por falta de conhecimento sobre o uso dos equipamentos de segurança, não o fizeram, impedindo que grande parte deles se salvasse. No caso do afndamento da embarcação militar boliviana em Corumbá, pode ter ocorrido algum erro no transporte da carga, cujo peso talvez era superior ao que o rebocador podia suportar. As outras duas tragédias podem ter se consumado em razão de uma possível falta de conhecimento sobre os cursos d'água onde as vítimas navegavam e a respeito do comando dos veículos por parte delas em virtude de com certeza utilizarem as águas com pouca frequência e apenas para lazer.
Vem chegando o verão, o que faz aumentar o fluxo de embarcações e banhistas em rios, lagoas, açudes, represas, piscinas de clubes e no mar. Então, nessas áreas, as fiscalizações e campanhas de conscientização destinadas aos frequentadores precisam ser intensificadas para que a diversão ou o trabalho não acabem da pior forma possível; eles precisam estar bem informados sobre as condutas a serem adotadas para ajudar a abaixar o risco de acidentes e agir da forma certa caso algum aconteça, além de ter acesso mais fácil a kits de primeiros socorros, equipamentos de proteção e outras coisas que garantam a realização dos procedimentos de maneira adequada. No caso de embarcações destinadas a turismo e outras finalidades especiais, é importante a elaboração de normas mais duras para disciplinar seu uso; mas tem que haver fiscalização para que as regulamentações não fiquem só de enfeite! Nas regiões de fronteira entre estados e países percorridas por cursos d'água, os governos devem praticar estas ações em conjunto. As quatro tragédias que se abateram sobre o estado são frutos da omissão de vários desses cuidados por terem dado origem aos prováveis fatores que as causaram.
Comentários
Postar um comentário