Mutirão colabora para ampliar cidadania de camponesas

Um mutirão do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) promoveu, entre os dias 18 e 25 do mês passado, ações com o objetivo de dar a 600 trabalhadoras rurais de Pracuúba, no interior do Amapá, a oportunidade de fazerem documentos que não possuem. As atividades ocorreram na sede da cidade e em algumas comunidades. Segundo dados do MDa, os mutirões já atenderam desde 2004 quase 23 mil mulheres que amapaenses que moram e trabalham no campo.

Provavelmente essas e as outras trabalhadoras campesinas atendidas pelo MDA no estado não tinham documentos por causa de baixa escolaridade, devido à distância entre as comunidades rurais e os órgãos públicos que oferecem tal serviço e/ou possíveis discriminações que sofrem em suas localidades por serem consideradas inferiores, o que é uma injustiça, pois, em todas as ocupações, as mulheres, embora muitas vezes exerçam funções diferentes, têm a mesma importância que os homens. Isso era um empecilho para elas e seus familiares, sobretudo os filhos e parentes idosos, utilizarem serviços governamentais, como saúde e educação, e as lavradoras, de uma certa forma, ficavam impedidas de participar de certos projetos que visavam melhorar a qualidade de vida e a produtividade nas propriedades. Mas, agora, com os documentos em mãos, elas terão seus direitos garantidos.

Trabalhos como esse devem ser estendidos para o restante do Brasil. Os produtores rurais precisam de mais atenção em vários quesitos como saúde, educação, segurança, elaboração e atualização de documentos pessoais e de suas propriedades, acesso a mais saneamento básico, acesso a conhecimentos sobre manejo correto do solo, uso adequado de pesticidas e adubos... E por aí vai! São importantes essas benfeitorias para que se obtenha avanços em questões como qualidade de vida no campo, crescimento da produção agropecuária, sustentabilidade, entre outras.