Índias são vítimas de crimes sexuais e da negligência de organização indigenista

No último domingo, uma menina indígena de 9 anos foi estuprada na aldeia Bororó, em Dourados, aqui no estado. A menina estava em casa com a avó quando foi tirada a força e molestada por vários homens, incluindo um primo, que estariam bêbados; ela foi achada no dia seguinte em uma casa em construção chorando e ensanguentada e teria sido obrigada a tomar cachaça. A criança está internada em um hospital, onde passou por cirurgias. Dois homens (Júnior Alves Duarte, 19 anos, e Fábio Irala, 21) foram presos e um adolescente, apreendido por suspeita de envolvimento no caso; eles, porém, alegam que apenas presenciaram o estupro, do qual a polícia acredita que 15 agressores podem ter participado. Uma equipe da TV MS Record chegou a visitar a casa da avó da vítima, mas ela não pôde atender os profissionais por estar embriagada. Esse não é o primeiro caso; há alguns meses uma adolescente de 12 anos foi estuprada, morta a golpes de faca e foice e teve partes do corpo devoradas por cães. Outros atos do tipo já foram registrados. Esses ataques de bandos de homens contra adultos e crianças do sexo feminino são muito comuns e recebem o nome de "feirinhas". Autoridades ligadas à proteção de menores de idade tentam retirar meninas indígenas em situação de risco e encaminhá-las a abrigos, mas a FUNAI (Fundação Nacional do Índio) dificulta o processo, alegando estar defendendo a cultura dos nativos.

Os feirantes podem, então, fazer o que quiser com as mulheres, sobretudo as crianças e adolescentes, uma vez que suas atitudes são apoiadas pela FUNAI, que deveria, além de assegurar o acesso dos indígenas a seus direitos, garantir que eles respeitem as leis e, em caso de desobediência, sejam punidos da mesma forma que os brancos. O órgão não toma nenhuma medida contra as orgias para defender os costumes das comunidades, mas acabou destruindo-os!

A cultura indígena é composta pelas danças, comidas, vestimentas, festas, crenças e histórias típicas, e não por essa pouca vergonha! As "feirinhas" e outros atos violentos resultam do uso de álcool e drogas ilícitas, que ocorre graças às ações ineficientes para coibir a entrada desse tipo de material nas aldeias Bororó e Jaguapiru e melhorar as condições socioeconômicas dos habitantes. Para resgatar a cultura desses índios e suas vidas, a FUNAI e as instituições públicas que atuam na saúde, educação e segurança precisam fazer sua parte oferecendo tratamentos eficientes aos dependentes químicos, implantando projetos culturais nas aldeias, abordando mais, nas escolas frequentadas por brancos, assuntos relativos às questões indigenistas e instalando, nas regiões habitadas pelos nativos, postos policiais permanentes com equipamentos de boa qualidade e agentes bem preparados para atuar neste tipo de local.

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