Garis estão tendo que trabalhar de graça

No começo do mês, garis de Tefé, no Amazonas, fizeram uma caminhada até a Prefeitura com faixas exigindo a normalização do pagamento de seus salários e ameaçaram parar o trabalho se isso não fosse feito até o dia seguinte. Há dois meses o governo municipal não repassa dinheiro à empresa contratante dos varredores de rua. Segundo o secretário de comunicação da cidade, Alessandro Souza, cerca de R$ 205 mil seriam depositados no dia seguinte e a Prefeitura não vai enviar o valor total do contrato mensal, pois o prefeito acredita que este teria sido superfaturado pela administração anterior.

Com certeza o prefeito já sabia dessas possíveis trapaças que o governo anterior pode ter feito. Então, logo no começo deveriam ter sido tomadas as devidas providências para punir os envolvidos, como encaminhamento de denúncias ao Ministério PÚBLICO e demais autoridades judiciais, além da suspensão do contrato acompanhada de ações para garantir a continuidade do pagamento regular feito aos garis, por exemplo, promovendo licitações para escolher uma nova empresa ou transferindo para as mãos da Prefeitura a responsabilidade pelo rpasse dos salários.

Porém, só agora, em época eleitoral, foram cortados os repasses á firma, impedindo a mesma de recompensar os varredores pelo importante ofício que exercem. Os cortes podem ter sido a arma escolhida pelo prefeito para prejudicar seu antecessor e os candidatos a deputados, senador e governador por ele apoiados ou, se essas acusações não forem verídicas, estariam servindo para encobrir a possível falta de capacidade da administração municipal para cuidar do uso das verbas arrecadadas por seu povo, pelo estado e a União.

É preciso que os órgãos competentes intervenham nisso para punir o atual prefeito e o anterior por essas irregularidades e o primeiro por calúnia e difamação, se for comprovado que a história do superfaturamento foi inventada. Também é importante que tomem medidas para que os garis voltem a ser pagos mensalmente por com certeza contribuírem para diminuir o risco de os moradores e os visitantes adquirirem certas doenças e evitar que os últimos vejam a cidade com maus olhos.

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