Em momento de crise, cidade se esforça para manter suas contas em ordem
Mesmo com o aperto resultante da escassez de investimentos externos, os governantes de Passo do Sobrado estão sabendo regulamentar a aplicação dos valores arrecadados pelos cerca de 6 mil habitantes, efetuando, entre outras coisas, a retirada de trabalhadores que só exercem suas funções por terem algum vínculo com lideranças políticas e, por isso, não estão preparados para atuar nelas, e a redução do horário de funcionamento da Secretaria de Obras e Agricultura. Essa última ação, porém, é prejudicial aos passobradenses, uma vez que diminui o acesso destes ao órgão para fazer sugestões ou reclamações a respeito das obras e o tempo disponível para o planejamento e realização das mesmas, provocando atrasos ou pressa na conclusão dos trabalhos; em vez de se cortar o expediente, deveria-se extinguir a Secretaria de Administração, cuja finalidade é a mesma da de Finanças, o que resulta em gastos desnecessários. E esperamos que haja uma quantidade suficiente de pessoas capacitadas, que tenham sido aprovadas em concursos e similares, para atuar no lugar dos servidores despedidos.
Esta crise, que também afeta muitos outros municípios pelo país afora, pode ser resultado de alguma punição imposta à Prefeitura de Passo do Sobrado pelo Estado e a União devido a possíveis irregularidades em suas contas, ao uso de recursos públicos em campanhas eleitorais ou uma combinação dos fatores. Então, os gestores da cidade têm que regularizar a a situação para não ficar dependendo apenas de seus próprios recursos, o que pode gerar dificuldades apesar de a quantia já ser suficiente devido à reduzida população; mas, mesmo depois de tudo resolvido, eles devem dar continuidade a essas ações de controle do uso dos valores. E o emprego de quantias oriundas dos cofres estatais em campanhas eleitorais precisa ser abolido (permitindo apenas doações por parte de empresas, com regras para evitar benefícios exagerados a elas fornecidas pelos candidatos eleitos, e ajudas dos próprios eleitores) para prevenir essas perturbações no repasse de investimentos aos estados e cidades.
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