Educadores cobram melhorias em seus salários e na estrutura das escolas

Nesta segunda-feira, professores de várias escolas da província de Chiriquí, no Panamá, reuniram-se e iniciaram uma greve na capital, David; eles se manifestam contra o não cumprimento da promessa de aumentar seus salários em 300 dólares e por causa de uma desorganização no plano de melhorias na educação promovido pelo governo nacional. Grande parte suspendeu a paralisação e está se reunindo com representantes do Ministério da Educação (MEDUCA). Na mesma cidade, um outro grupo de professores da escola Antonio José de Sucre fez outra manifestação na ponte do rio Risacua reivindicando reparos no estabelecimento, que encontra-se em mau estado, o que reduziu de mil para cerca de 520 o número de alunos matriculados; em agosto, algumas escolas em condições precárias, entre elas esta, passaram por inspeções cuja finalidade era, a partir das avaliações, determinar como seriam resolvidos os problemas.

O ano está acabando e até agora o plano para alavancar a qualidade da educação não ajudou na obtenção de avanços importantes por causa da incompetência do Poder Público em planejar e executar o uso dos recursos; e, no caso de Chiriqui, os gestores da província também podem estar contribuindo para isso, atrapalhando as intervenções federais em razão de interesses políticos. Os professores não receberam o salário aumentado a que têm direito pelo esforço feito para guiar as crianças e jovens panamenhos aos bons caminhos enfrentando situações que geram dificuldades, como a má conservação das escolas (problema que também pode estar acontecendo no restante do país), jornadas longas de trabalho e indisciplina de alunos; diversas escolas estão caindo aos pedaços, especialmente em áreas rurais, indígenas e periferias de cidades, já que os habitantes desses lugares são tratados como se fossem inferiores pelos governos, o que não é diferente no Brasil e em outros países. Com essa negligência, os docentes e os alunos ficam impedidos de alcançar seus objetivos, dificultando a formação de cidadãos capazes de ajudar sua caomunidade e o resto do povo com os conhecimentos que adquirem e, assim, fazer sua parte para tornar seu país um lugar melhor.

Atualmente o Panamá é comandado pelo presidente Juan Carlos Varela, eleito em maio deste ano. O anterior ocupante do cargo, Ricardo Martinelli, o criticou, afirmando que o mesmo deve pedir auxílio a ele ou qualquer outro membro do oposição se não souber exercer suas funções; isso pode ser sinal de que Varela não será um bom presidente ou está tendo dificuldades em razão de dívidas enormes deixadas por seu oponente e este pode estar querendo abafar o caso. De qualquer forma, essas deficiências na gestão podem estar resultando nesses e outros embaraços na educação e outras áreas; Varela ainda está nos primeiros meses de governo, mas esperamos que ele corra contra o tempo o mais rápido possível para colocar tudo em ordem.

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