Batidas policiais

Nos três primeiros dias desta semana ocorreram dois acidentes envolvendo viaturas policiais em Cascavel, no Paraná. Na manhã deste domingo, um carro da Polícia Militar que seguia outro veículo para realizar uma abordagem e daria apoio a uma equipe do Serviço Reservado que faria um acompanhamento tático bateu em um Clio no cruzamento das Ruas Barão do Cerro Azul e São Paulo, no Centro; os ocupantes dos dois veículos sofreram ferimentos leves e foram atendidos pelo SIATE (Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência), mas não quiseram ser encaminhados a uma unidade de saúde. Na manhã desta terça-feira, uma viatura da Polícia Civil onde estavam os investigadores Rogério Ferrarezi, de 32 anos, e Edson da Silva, de 26 (o condutor), atingiu a mesa de sinuca e uma parede do "Bar do Tiuzinho", que estava fechado, após avançar a preferencial e bater em um caminhão entre as ruas Buenos Aires e Guaíba, no bairro Periolo; os dois foram atendidos com escoriações leves, sendo que Edson chegou a ficar preso nas ferragens.

Agora o governo do estado vai ter que tirar de seus cofres dinheiro para restaurar as viaturas e os paranaenses vão pagar a conta, pois o trabalho da policia nas áreas servidas pelos carros danificados fica mais comlicado em razão da redução da frota disponível e os valores gastos com os reparos podem fazer falta quando forem feitos investimentos na segurança pública e em outros setores, estendendo o prejuízo para todo o estado. Outro prejudicado foi o dono do boteco atingido pelo segundo acidente; se necessário, ele tem que ir à Justiça a fim de exigir indenização por parte dos responsáveis (a administração estadual ou o caminhoneiro) para reparar os danos e prosseguir trabalhando honestamente com o intuito de sustentar a família e as contas públicas.

No primeiro caso é possível que a viatura não estivesse com a sirene ligada para afastar os demais condutores e alcançar o outro veículo para abordá-lo e tirá-lo de circulação em caso de irregularidades. A segunda colisão seria evitada se o carro da Polícia Civil não tivesse tanta pressa para avançar a preferencial, pois esse setor policial é mais focado em investigar crimes e, na maioria das ocorrências que atende, não precisa fazer rondas, abordagens e perseguições, o que é de competência da PM. Ambos também podem ter sido provocados por problemas na sinalização.

Os governantes têm que investir em cursos para capacitar condutores de veículos de emergência, tais como ambulâncias e carros de polícia, e outros para atualizar os conhecimentos dos que já exercem o ofício, o que garante menos riscos a esses bens adquiridos com dinheiro arrecadado por nós, a seus ocupantes e todos que transitam pelas vias. Além do mais, necessita-se de utilizar materiais de qualidade na sinalização das mesmas e contratar pessoal preparado para instalá-los, manuseá-los e organizar o tráfego.

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