Trânsito engarrafa por causa de um simples ônibus

No início da manhã da quarta-feira da semana passada, um ônibus quebrado dificultou o tráfego na Região Metropolitana de Vitória, no Espírito Santo; ele enguiçou na Terceira Ponte, que liga Vitória a Vila Velha, e só foi retirado após cerca de três horas, depois de ser consertado por um mecânico. Mesmo assim, os transtornos foram inevitáveis; houve engarrafamentos na capital e em municípios vizinhos, gerando prejuízos a usuários do transporte coletivo e motoristas. A empresa responsável pelo ônibus foi multada por má conservação do mesmo. O trânsito na ponte já é lento; a circulação de carros aumentou com a abolição do pedágio.

Esse dia com certeza foi o pior do ano para os moradores da região metropolitana; o que já era ruim ficou péssimo com a quebra do ônibus e as consequências ultrapassaram os limites da ponte. Muita gente não conseguiu chegar à escola, faculdade ou trabalho. Em certos estabelecimentos, não apenas os empregados, mas também os patrões teriasm faltado, ocasionando grandes perdas financeiras devido às horas não trabalhadas; nas escolas e universidades, tanto alunos quanto funcionários (professores, zeladores, co-ordenadores, diretores, reitores etc) não puderam chegar às mesmas por causa dos congestionamentos e, em alguns, os estudantes, especialmente crianças e adolescentes, com certeza fizeram algazarras comemorando a ausência das autoridades educacionais. O incidente impactou negativamente todos os setores da sociedade.

Um simples ônibus defeituoso não causaria toda essa maré de problemas. Tudo isso se deve ao incentivo do uso dos veículos individuais que os gestores públicos promoveram ao apenas acabar com a cobrança; eles também deveriam investir em melhorias na mobilidade urbana, tornando o transporte coletivo mais confortável, seguro e pontual (com a contratação de motoristas bem qualificados, com bons salários e em grande número para evitar jornadas excessivas de trabalho; reforço na segurança a fim de coibir assaltos; renovação constante e conservação da frota) e adequação das vias públicas de modo que incentive e facilite o uso dessas alternativas e outras como a bicicleta e a caminhada.

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