Fim da democracia na Tailândia

Na quinta-feira da semana passada, o exército da Tailândia anunciou ter dado um golpe de Estado. A Constituição do país foi suspensa. Integrantes do antigo governo estão presos, entre eles a ex-primeira-ministra Yingluc Shinawatra. O Senado foi dissolvido. A imprensa está sofrendo censura. A população perdeu vários direitos, como o de sair durante a noite e a madrugada, de se reunir em grupos de mais de cinco pessoas etc. Na terça-feira, o exército já havia decretado lei marcial, que já acabava com alguns direitos dos tailandeses. Segundo os militares, tais medidas estão sendo tomadas para acabar com a crise política que assola a Tailândia há meses; protestos contra o governo derrubado, acusado de corrupção, deixaram mais de 20 mortos. Segundo o jornal estadunidense The Wall Street Journal, o golpe prejudicará ainda mais as atividades turísticas, que já estavam sendo afetadas pela crise.
Os militares tailandeses acreditam que vão trazer estabilidade política ao país com essas atitudes opressivas. Mas elas só piorarão tudo, já que vão aprofundar os problemas políticos, sociais e econômicos e aumentar a insatisfação do povo, o que mais cedo ou mais tarde contribuirá para a derrubada desse regime militar. Seria melhor se as autoridades militares e civis destituíssem o governo com o qual a população estava insatisfeito e colocassem de forma honesta outro que soubesse atender aos interesses da coletividade (no caso de serem realizadas eleições com a participação do povo, deveriam ser tomadas medidas para evitar fraudes e outras irregularidades que impedissem o bom andamento das mesmas).

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